Perguntas e mais perguntas
Brígida Miranda e Julia Oliveira Foto: Priscila Mesquita |
Olhando essa foto, o que vemos? Que sentidos criamos observando-a? Quem são essas mulheres, onde estão, o que fazem, qual a relação entre elas? O que é possível perceber através desta imagem, e o que essa imagem não revela?
De acordo com Sue-Ellen Case, a semiótica feminista vê a mulher como signo, carregado de sentidos. Pergunto,a mulher de hoje, em nossa sociedade, que significados carrega? Ver uma mulher em cena, ao que pode nos remeter? E como subverter os sentidos que são quase que automaticamente gerados por um pensamento impregnado pela ideologia dominante? Como desconstruir a categoria de gênero “mulher”?
Se estamos tão imbuídas dos sistemas tradicionais de representação, conseguiremos nos desvencilhar deles? Tentamos nos posicionar criticamente diante destes sistemas tradicionais de representação, mas até que ponto subvertemos e até que ponto os reafirmamos?
Como modificar a nossa percepção para que possamos transgredir e ir além do que já está estabelecido ao fazer e ao receber o teatro? Como podemos ir além das formas estabelecidas como “certas”? O que é "certo", e quem é que determina isso?Bibliografia:
CASE, Sue-Ellen. Towards a new poetics. In: Goodman, Lizbeth & De Gay, Jane (Edited by). The Routledge Reader in Gender and Performance. New York and London: Routledge, 1998. Pp. 143 – 148.
Dificeis perguntas abordadas.
ResponderExcluirDesde o que vemos na foto(que sempre é uma interpretação do observador)como o que ela oculta(que depende do imaginário da ocultadora).
Acredito que mudanças nos significados coletivos partem do descontentamento individual que consegue se ver espelhado no outro, e da lugar a palavra ou seja, da lugar à existencia para além do eu.Ao concretizar o descontentamento(falar sobre ele)abre-se a possibilidade de materializar algo novo.
Entendo que ai esta um grupo que dialoga entre si e lança ao coletivo.Parabéns!
Agnes
Oi Agnes!
ResponderExcluirObrigada pela reflexão.
Não havia pensado deste jeito.
Expressar o descontentamento, pode então ser uma forma de se promover a mudança?
É, acredito então, que estamos no caminho...
Abraço!
Pri