Mais sobre Marie Curie e a Radioatividade

Postado por Priscila de Azevedo Souza Mesquita maio 12, 2016

Mais sobre Marie Curie e a Radioatividade

Pesquisando sobre Marie Curie, buscamos melhor compreender a radioatividade e chegamos ao acidente radioativo que aconteceu em Goiânia em 1987. Eu era criança e não me lembrava deste acontecimento. Assisti ao filme Césio 137, alguns documentários e reportagens sobre esse acidente, e entendi que dentre diversos fatores que levaram a este acontecimento, um deles está a falta de informação. Isto torna-se latente no filme. Claro está que o problema relaciona-se ao descarte do material radioativo, mas se tivéssemos mais conhecimento sobre isso, muito poderia ser evitado. Percebi que na escola aprendi como prevenir diversas doenças transmitidas por parasitas, mas não me lembro de aprender sobre lixo radioativo... Eu poderia facilmente ter sido a vítima do acidente. E você?

Compartilho aqui o filme Césio 137 e aproveito para compartilhar o documentário Radio Bikini, que assisti há algum tempo, mas que me marcou muito, pois aborda os testes da bomba atômica realizados no atol de Bikini, a inocência de muitos, a manipulação por parte do governo e as graves consequências ambientais, sociais, físicas, psicológicas...

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De onde viemos

(Em) Companhia de Mulheres- Coletivo de pesquisa teatral feminista, nasceu em 2010, na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC- PPGT), por iniciativa das mestrandas em Teatro, Priscila de Azevedo Souza Mesquita, RosiMeire da Silva e Lisa Brito e da Profª Drª Maria Brigida de Miranda, orientadora dos projetos de pesquisa e coordenadora do grupo de estudos ‘Teatro e Gênero’.

A gestação do coletivo foi neste espaço onde puderam experimentar na prática suas propostas de pesquisa de mestrado, as quais dissertaram sobre a poética, estética e a ética do teatro feminista na produção brasileira (Silva); a criação dramatúrgica coletiva com mulheres (Mesquita); o jogo teatral e a criação de cena (Brito) orientada pelo Prof. Dr. José Ronaldo Faleiro.

Atualmente o coletivo segue em atividade com as atrizes-pesquisadoras Priscila Mesquita, RosiMeire da Silva e Drica Santos (a qual ingressou no grupo em 2013), e em 2016 iniciou uma colaboração com a escritora Ana Araújo para a criação da dramaturgia da Performance-aula "EXATAmente Elas"

EXATAmente Elas

Em 2016 a (Em) Companhia de Mulheres criou seu 3º espetáculo, a Performance-aula "EXATAmente Elas", que foi concebido a partir do projeto “Performance-aula: História das Mulheres nas Ciências e nas Tecnologias – abrindo espaço para jovens mulheres na sociedade atual”, contemplado no XX Concurso de Projetos ‘Elas nas Exatas’, promovido pelo Elas Fundo de Investimento Social, Fundação Carlos Chagas e Instituto Unibanco. O espetáculo com dramaturgia criada pela perspectiva do devised Theatre, contou com a participação da dramaturga Ana Araújo e com as atrizes Priscila Mesquita, Drica Santos e Meire Silva. Inicialmente foi pensado para ser apresentado ao público de jovens educandxs, com o objetivo de incentivar a entrada das jovens estudantes nas carreiras das ciências exatas e tecnológicas, apresentandando a história e os feitos de Mulheres cientistas pouco lembradas na História das Ciências. A primeira temporada em novembro de 2016 foi realizada no Instituto Estadual de Educação (IEE/ Florianópolis), para educandxs do Ensino Médio; em 2017 foi apresentado no SESC Prainha (Florianópolis), integrando a Mostra Mulheres em Cena.

Portfólio Boneca de Pano

Na perspectiva de criação do devised Theatre, o coletivo criou o espetáculo “Boneca de Pano”. O projeto nasceu do anseio de trazer a cena teatral temas relacionados à mulher na contemporaneidade, assim como a possibilidade de desdobramento das pesquisas de mestrados de Mesquita e Silva já finalizadas, encontrando no texto de Franca Rame e Dario Fo estímulos para a criação do espetáculo.

O espetáculo “Boneca de Pano”, é resultado de uma pesquisa independente, sem apoios financeiros. Foi apresentado na Campanha 16 dias de ativismo contra a violência à mulher – evento realizado pela SMPPM - Fpolis (Secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres), como uma leitura dramática no início do projeto que contava com a participação da atriz Julia Oliveira (2012); I Mostra de Arte do Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (2013); Apresentação no Projeto: Sol da Meia-Noite, do Departamento de artes cênicas da UFSC (2013); Invasão Teatral: Mostra Cênica de Desterro (2014); Programação SESC no mês de abril de 2014; em 2014 o projeto “Boneca de pano circulando Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” (2014), foi contemplado pelo prêmio Fale Sem Medo, do Elas Fundo de Investimento Social e Instituto Avon, realizando apresentações em Florianópolis, Imbituba e Araranguá, com parcerias do NIGS – Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades da UFSC, SESC Prainha, IFSC Araranguá, Instituto Estadual de Educação, Cia Desmontagem Cênica (Imbituba) e Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (Fpolis). Em 2015 “Boneca de Pano” foi apresentado para os alunos do curso de especialização Gênero na escola, do NIGS/ UFSC; na II Mostra de Arte Popular (SAPO); e em produções independentes, na Casa das Máquinas, Fpolis. Em 2016 e 2017 fez parte da programação do SESC Prainha, em março, mês da Mulher. Ainda em 2017 participou da Mostra Arte e Gênero no 13º Mundo de Mulheres & Fazendo Gênero 11 (UFSC/ Florianópolis).

Jardim de Joana - o primeiro espetáculo

Quem é quem

*Priscila Mesquita é atriz-pesquisadora e professora de teatro. Doutoranda em Artes Cênicas pelo PPGAC/UNIRIO, Mestra em Teatro pelo PPGT/ UDESC (2012), com a pesquisa “Em Busca de um Teatro Feminista: Relatos e Reflexões sobre o processo de criação do texto e espetáculo Jardim de Joana” (Bolsa Capes); graduada em Artes Cênicas (UDESC, 2008), atuando principalmente nas áreas de Interpretação e dramaturgia.

Como atriz-pesquisadora atuou nos seguintes trabalhos: EXATAmente Elas (2016); Boneca de Pano (2014); Jardim de Joana (2011); Anita Ritorna (Performance, 2011); SMS Wonderland (Performance Multimídia, 2010); Quimera (Curta-metragem, 2009); Possibilidades Despretensiosas (Vídeodança, 2009); A Serpente (Espetáculo, 2008); Um palco à Seraphin (Espetáculo, 2008); Teatro de Seraphin (Espetáculo, 2007); Apenas Alice (Performance Multimídia, 2007); Urbanoscópio (Espetáculo de Rua, 2006); AP 2º G.H. (Espetáculo, 2005); Oração C (Espetáculo Multimídia, 2004); Ida ao Teatro (Espetáculo de rua, apresentado em ônibus coletivos, 2004); A Alface (Espetáculo, 2003); Quanto Vale?. (Espetáculo de rua, 2002).

Professora de Artes Cênicas da Prefeitura de Florianópolis, trabalhando com os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental. É integrante e fundadora do grupo de pesquisa teatral (Em) Companhia de Mulheres, o qual pesquisa o teatro feminista e a criação de dramaturgia por meio do processo colaborativo.

Na área da música, desde 2017 é batuqueira no grupo de maracatu Baque Mulher (RJ), com o qual apresentou-se na Fiesta del Tambor (Havana, 2018) e realiza diversas apresentações pela cidade do Rio de Janeiro. De 2010 à 2017 integrou o grupo de canto coral "Gira-Coro", sob regência da maestrina Ive Luna. O Gira-Coro levava em seu repertório músicas populares brasileiras transmitidas pela tradição oral.

*RosiMeire Da Silva, Graduada em 2006 pela UDESC/ CEART, Mestra em 2012 pelo PPGT CEART / UDESC- Pesquisa: No passo da lanterna: em busca do teatro feminista brasileiro contemporâneo. Atua como arte educadora teatral no IFSC (Instituto Federal de santa Catarina desde de 2013. Fundadora e integrante da (Em)Companhia de Mulheres desde 2010. Trabalhou como atriz nos espetáculos: “Boneca de Pano”; Jardim de Joana (2011); “Volta” (2010); “Composição do corpo: Composição cênica e dialogo poético coma literatura de Ana Cristina Cezar” (2006); “Escutas?” (2005); “O Marinheiro” de Fernando Pessoa (2003-2006). Realizou oficinas de formação com: Ana Cristina Colla; Tadashi Endo; Carlos Simioni; Denise Namura; Natahlie Pubillier; Jill Greenhalgh; Serge Ouaknine; Michele Minick e Clara Lee-Lundberg. Ministrou oficinas para: para iniciantes” SESC Prainha (2011); Movimento Sem Terra – MST (2004); para o Movimento Mulheres Agricultoras – MMA (2003-2004); Cooperativa de Mineiros de Criciúma CMC (2004)

*Adriana Patrícia dos Santos [Drica Santos] Atriz, Pesquisadora e Professora colaboradora no Departamento de Artes Cênicas da UDESC. Doutoranda e Mestre em Teatro pelo PPGT/UDESC. Graduada pelo Curso de Licenciatura em Educação Artística (Hab. Artes Cênicas) da UDESC. Integrante da (Em) Companhia de Mulheres desde 2013. Em seu trabalho como atriz tem como eixo de pesquisa o grotesco na atuação, gênero e políticas do negro corpo na arte; a linguagem da/o palhaça/o e a contação de histórias . Em seu trabalho como atriz há referências como: Guillermo Cacacce, Fátima Lima, Matteo Bonfitto, Tiche Vianna, Julia Varley, André Carreira, Eugenio Barba, Serge Ouaknine, Renato Ferracini, Norberto Presta, Grupo Piolin, Cia. Traço, As Marias da Graça, Ivan Prado, Chaco Vacchi, Clara Lee Lindberg, dentre outros. Atuou e/ou dirigiu diversos espetáculos tais como: Cruz e Souza – uma voz viva (1998) da Cia. Pesquisa Teatro Novo (DAC/UFSC). Espetáculo Parangolé Musical (2000), promovido pela Áprika Produção em Artes. Manifesta Negra (1998) no projeto Africatarina, Pé de Capoeira que nasce (2000) do Departamento de Desportos - UFSC, Suspensos no Nada (2004)UDESC, Contos Africanos – maratonas de contos SESC (2005), Amavisse (2006)UDESC, espetáculo “Marina” Hotel Colônia SESC – Cacupé e “As Aventuras do Pintinho” de Contação de história musicada (2005/2006), Ricardo III (2007)UDESC , Guarda-chuva (2010) com o Grupo Teatral (E)xperiência Subterrânea, Circus Negro, Réquien para 5 patinhos, Ofélia na Cozinha e Pequenos Burgueses (2005-2011) AQIS – UDESC (Grupo de Pesquisa sobre Processos de Criação Artística). Os espetáculos Crimes Delicados, O presente, Chá cá Vó, Visita a Casa da Bruxa, Histórias Variadas para gente animada, De repente, poesia (2005-2013) junto ao grupo Contraponto Cia de Cênicas na qual também é integrante e desenvolve o trabalho de contação de histórias e a palhaçaria. Foi contemplada pelo Edital: Bolsa Interações Estéticas - Residência Artística em Pontos de Cultura 2012 com o projeto: "Bota a palhaça pra fora de vez" no qual resultou o espetáculo de contação de histórias: “Vô me escondê aqui!”,(2013) dirigido por Karla Concá [Grupo As Marias da Graça]. Como produtora trabalhou em duas turnês (pelo Nordeste e em Santa Catarina) do Espetáculo "Womens" do Grupo Teatral (E)xperiência Subterrânea.